quarta-feira, 13 de junho de 2018

CÉUS DE DAMASCO CHEGANDO!!!
 

E foi pelo próprio autor que recebi a importante notícia, emocionante e emocionado. O primeiro disco solo do Leonardo R.Gaubert foi concluído. E quem não conhece ainda o talento do Leonardo vai se surpreender com a qualidade e originalidade do CD. Ele escreve música e canta poesia, ou vice-versa; atesta que essas artes se abraçam na mesma nascente. Harmoniza a simbiose com o lirismo genuíno e rasgado da sua voz. Apesar de jovem, há anos lapida o braço do violão, toca com muita habilidade as notas - mais que cordas, sentimento. Anota versos como um grande artesão. Experimenta melodias sem a angústia de ter a pressa do fácil mercado; por isso tem um cântico belo. Estuda acordes como quem verte o sangue das veias. Não tenho dúvidas, é um grande trabalho, pois já tive o privilégio de conhecer as outras canções. Assim que receber a ficha técnica, vou falar dos músicos que participaram das gravações, da produção e dos técnicos do estúdio. Já sei que o professor Gilberto Oliveira participou com entusiasmo dos takes .Por enquanto, duas amostras do que vem por aí. Saudações à arte que mantém todos nós vivos e com o sentido e a sensação que temos de estar presentes e com a alegria dos olhos, aqui & acolá - não obstante as adversidades do nosso tempo. Se soubermos, felizes, ser o mais, haveremos de saborear o gosto do mundo...

Elmo Wyse Rodrigues


SE NÃO FOR DEMAIS
(Leonardo R. Gaubert)

Se não for demais
Entra nessa porta e busca
o que há
De mim, de nós, de ti.

Se não for em paz
Deixa tudo como
deixamos um tempo
Atrás, como um sopro
do mar.

Quando for frágil demais
Livres, sóbrios, dentro do
silêncio.

E se for a sós
Lembra o vento que te
roubou um beijo
E levou todo o mal de
mim.

Se não for pior
Conta o tempo em que
estivemos longe
Daqui,
Que em teus olhos me vi.

Quando for frágil demais
Livres, sóbrios, dentro do
silêncio.





DESNUDO
(Leonardo R. Gaubert)

Fugacidade
Por aqui de passagem
Cavaleiro voraz tão perto
do sol
De lua deserta.

Tua linguagem
indiferença do sal e o sol
se pôs.

Velocidade
Viajante do tempo é
temporal
No desejo o anseio de ser
atemporal.

Feliz de quem sabe ser
mais
Que o fim do segundo
Não há de quê que podes
roubar
O gosto do mundo.

Felicidade
Conhecer o silêncio é te
encontrar
E na rosa que chega
chego a ver o luar
E teu seio diz tudo.

Desnudo, desnudo tudo
que diz tudo
Desnudo, desnudo tudo,

Fotos : Marcelo Espírito Santo.
Montagem & edição: Arthur Martin

com Leonardo R. Gaubert

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