Pelos quintais do mundo
Com as vestes de outono
Andei todo esse tempo.
Sangrei pelo flagelo,
Torturas e grilhões.
Sangrei na engrenagem
Ferrolhos desse país.
Por ver tanto cipreste
Crescer amargo e triste,
Morte e exílio.
No entanto chega outubro
Taciturno afio o dia.
É cortiça o palácio
É ladeira o palanque
De fornalha é a fome.
A fome é fogueira,
Fogo e madeira.
A fome é fogueira,
Fogo e madeira.
Poesia: Elmo Wyse Rodrigues
Música: Marco Dziekaniak / Cristiano de Oliveira
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