Elmo Wyse Rodrigues: poeta e escritor. Nos anos 1970, enquanto jovem, teve duas crônicas suas publicadas na antiga revista Geração Pop. Autor do livro FUGA Nº3. Foi homenageado pela "Confraria Barão D'Itararé" - entidade poética de Rio Grande. Eterno aluno da Contracultura e do Existencialismo. O novo livro de poesias e prosas poéticas, NOTURNO VERBAL, já foi lançado. É integrante da banda “Corsários do Parque”. Maiores informações a respeito dos seus livros: assessorianoturnoverbal@gmail.com.
domingo, 29 de março de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
Crônica dos Pontos Perdidos
Não, não estranhes estas linhas confusas e banais.
Apenas tente compreendê-las com toda a intensidade,
com todos os pontos que costumas somar.
Ah! como eu gostaria de extrair do nosso vocabulário
esta palavra que chega do nada, se agiganta e exila as
nossas mais secretas juras de amor - O ADEUS!
Bem sabes a dor de quem pouco viveu, a dúvida de quem
pouco colheu. Eu, num claro sentimento de inquietação,
procuro a alegria de quem realmente viveu e a certeza
de quem semeou.
No entanto, antes de partir em busca de um novo amor,
parto em busca de mim, de meus pedaços existenciais
dispersos ao sabor dos girassóis.
Se quiseres, guria, me perguntar aonde vou com essa
sede de andarilho, com esse olhar de quem padece sem
porquês nem porquantos, pergunta ao vento por que
tanta fúria nos litorais e tanta leveza nas asas dos pássaros.
Há dias em que nos vemos perante um inexorável júri,
a medir nossos acertos e erros; a nos inquirir sobre o que
fizemos e o que deixamos de fazer. E nesses dias - Ah!
e nesses contundentes dias! - sofremos por todas as cartas
jogadas na mesa.
Não faz muito encontrei um cidadão, olhar distante, rugas
precoces, exaurido pelos cordéis dos anos. Tardiamente
arrecada os seus pontos perdidos nesse jogo da vida, onde
o ás é o presente e o curinga é o futuro.
E.W.R.
Este texto poético foi escrito entre as cidades de Rio Grande e
Porto Alegre.
Não, não estranhes estas linhas confusas e banais.
Apenas tente compreendê-las com toda a intensidade,
com todos os pontos que costumas somar.
Ah! como eu gostaria de extrair do nosso vocabulário
esta palavra que chega do nada, se agiganta e exila as
nossas mais secretas juras de amor - O ADEUS!
Bem sabes a dor de quem pouco viveu, a dúvida de quem
pouco colheu. Eu, num claro sentimento de inquietação,
procuro a alegria de quem realmente viveu e a certeza
de quem semeou.
No entanto, antes de partir em busca de um novo amor,
parto em busca de mim, de meus pedaços existenciais
dispersos ao sabor dos girassóis.
Se quiseres, guria, me perguntar aonde vou com essa
sede de andarilho, com esse olhar de quem padece sem
porquês nem porquantos, pergunta ao vento por que
tanta fúria nos litorais e tanta leveza nas asas dos pássaros.
Há dias em que nos vemos perante um inexorável júri,
a medir nossos acertos e erros; a nos inquirir sobre o que
fizemos e o que deixamos de fazer. E nesses dias - Ah!
e nesses contundentes dias! - sofremos por todas as cartas
jogadas na mesa.
Não faz muito encontrei um cidadão, olhar distante, rugas
precoces, exaurido pelos cordéis dos anos. Tardiamente
arrecada os seus pontos perdidos nesse jogo da vida, onde
o ás é o presente e o curinga é o futuro.
E.W.R.
Este texto poético foi escrito entre as cidades de Rio Grande e
Porto Alegre.
sexta-feira, 20 de março de 2015
CONSTRUINDO
QUEREMOS CONSTRUIR AQUI NA TERRA
UM INFINITO REINO CELESTE
UM MUNDO SEM AS PESTES -,
DA FOME, DA GUERRA
UMA NOVA ERA
SEM REIS E JOGRAIS
UM NOVO TEMPO DE PAZ
EM QUE O AMOR SEJA FLOR TERNA
DAS ETERNAS PRIMAVERAS
QUEREMOS EDIFICAR OS SONHOS
DAS NOSSAS CRIANÇAS
PARA SEDIMENTAR
UM FUTURO FELIZ
DA ESPERANÇA DE HOMENS RISONHOS
PAIS BRINCANDO DE SEREM FILHOS;
FILHOS BRINCANDO DE SEREM PAIS
E NADA MAIS...
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA
Carlinhos (1957-2012): poeta, ativista político, compositor, um dos fundadores da banda Corsários do Parque. Homem idealista, generoso como ninguém, jamais mercantilizou suas ideias. Como diz o Renato Russo: "Os bons morrem cedo."
QUEREMOS CONSTRUIR AQUI NA TERRA
UM INFINITO REINO CELESTE
UM MUNDO SEM AS PESTES -,
DA FOME, DA GUERRA
UMA NOVA ERA
SEM REIS E JOGRAIS
UM NOVO TEMPO DE PAZ
EM QUE O AMOR SEJA FLOR TERNA
DAS ETERNAS PRIMAVERAS
QUEREMOS EDIFICAR OS SONHOS
DAS NOSSAS CRIANÇAS
PARA SEDIMENTAR
UM FUTURO FELIZ
DA ESPERANÇA DE HOMENS RISONHOS
PAIS BRINCANDO DE SEREM FILHOS;
FILHOS BRINCANDO DE SEREM PAIS
E NADA MAIS...
ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA
Carlinhos (1957-2012): poeta, ativista político, compositor, um dos fundadores da banda Corsários do Parque. Homem idealista, generoso como ninguém, jamais mercantilizou suas ideias. Como diz o Renato Russo: "Os bons morrem cedo."
quinta-feira, 12 de março de 2015
terça-feira, 10 de março de 2015
ATALHO Nº5
Eu gosto de responder.
Não haverá Fuga nº4
E nunca existiu Fuga nº1.
Uma noturna mudança
É o que relato.
Por favor, prezados amigos,
Apenas constato
A irreverência, a rebeldia
De quem dá bom-dia
Amaldiçoando a cortina social.
Não vou fugir de casa.
Mas, sim, sou um mutante.
Cidadão do mundo
Cortei o impulso das horas.
Ineficaz classificar,
Enumerar minha fuga
Se para onde eu vou
Ninguém me espera,
Salvo em três passos
Pó, devaneio & estrada.
E.W.R.
Bom, finalmente terminei o meu segundo livro, NOTURNO VERBAL. Tive de incluir alguns poemas que não existiam, apenas parcialmente na minha mente. Porque pertenciam à temática central. A organização e a ordem das poesias foram feitas com a colaboração da poeta Cristina Fontes.
Eu gosto de responder.
Não haverá Fuga nº4
E nunca existiu Fuga nº1.
Uma noturna mudança
É o que relato.
Por favor, prezados amigos,
Apenas constato
A irreverência, a rebeldia
De quem dá bom-dia
Amaldiçoando a cortina social.
Não vou fugir de casa.
Mas, sim, sou um mutante.
Cidadão do mundo
Cortei o impulso das horas.
Ineficaz classificar,
Enumerar minha fuga
Se para onde eu vou
Ninguém me espera,
Salvo em três passos
Pó, devaneio & estrada.
E.W.R.
Bom, finalmente terminei o meu segundo livro, NOTURNO VERBAL. Tive de incluir alguns poemas que não existiam, apenas parcialmente na minha mente. Porque pertenciam à temática central. A organização e a ordem das poesias foram feitas com a colaboração da poeta Cristina Fontes.
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