terça-feira, 19 de dezembro de 2017

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS

SEMANA  detrás atendi, ouvi, porta a porta. Queria saber em que biombo se escondeu a realidade. Não a estranha realidade do Castanheda - exímio na quimera. Entrei no portal do mundo. Sim, observamos, tocamos, esmeramos. Costumo preparar sonhos recheando vivências. Para além da imagem, existe alguém? Não passamos de conceitos. Todo ano descartamos o próprio ano. Para onde vamos? Na lógica de guerra. Alforge, carcaça, forjando. Parece impressão. Que desumana. Vida estimada. Do nada se desapega. Aglomerado insensato, xadrez da hipocrisia. Reluto. Represento o pensamento mediano da carne. Engasgo o desgarre, inquieto. Fantasia, farsa, uma farra. Avisa o outdoor: trocam-se lutas, vendem-se status. Papéis sociais. A estética da simbologia. A sociedade é uma estatística a mais. Outro embuste: o relógio reluz. Eu falo de qual realidade - a que, indigesta, suborna? No exato momento,  trocando quinquilharias no mercado. A estesia estagnou na testa suada, nas rugas de quem chega por perto. Cresci intangível ao fugir do engodo. Ando em demanda, de escudo.Alguma raiz. Rastro de vida. Contando os segundos para fazer hora.  Declamo real qualquer projeto em nossas mãos  que possa virar question. Como se uma declaração de princípios valesse alguma coisa...                      

             E.W.R.