"A emoção é uma certa maneira
de apreender o mundo."
Jean-Paul Sartre
AMIGA
Eu que tanto degustei
os becos da modernidade,
Amiga, não se assuste:
O que se dobra é nuvem...,
cinza e vã!
Hoje eu sei o que importa,
é amar... é amar... é amar...
Eu que tanto esbarrei
nos muros da maldade,
Amiga, não se assuste:
O que se mostra é arte...,
brisa e sã!
Hoje eu sei o que me toca,
é amar... é amar... é amar...
Poesia: Elmo Wyse Rodrigues
Música: Cristiano de Oliveira
Elmo Wyse Rodrigues: poeta e escritor. Nos anos 1970, enquanto jovem, teve duas crônicas suas publicadas na antiga revista Geração Pop. Autor do livro FUGA Nº3. Foi homenageado pela "Confraria Barão D'Itararé" - entidade poética de Rio Grande. Eterno aluno da Contracultura e do Existencialismo. O novo livro de poesias e prosas poéticas, NOTURNO VERBAL, já foi lançado. É integrante da banda “Corsários do Parque”. Maiores informações a respeito dos seus livros: assessorianoturnoverbal@gmail.com.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
domingo, 21 de fevereiro de 2016
NO CORAÇÃO A BAGAGEM
Vou romper
todas as barreiras
de sons, de tons
pra não perder
do rio a beira;
Explodir
todos os vidros,
todo o concreto
pra não mais fugir
ou lacerar o teto.
Depois...
que versem por mim
a tempestade,
os saltimbancos
e a voracidade,
tintim por tintim.
Longe do limbo
sem viajar à toa
me espera a gamboa...
E.W.R.
O poema foi publicado no livro FUGA Nº3.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
AONDE FOSTE, BLACKBIRD?
Perdi-te em vida, poesia
O tempo foi atroz
O tempo ceifou o texto
A varanda e o varal.
Aonde foste, blackbird?
Pousar amores contingentes?
Beijar a estética da sombra?
Perdi-te não faz muito
Precoce e amiúde
Na retórica bacana
Triste do fraque puído.
Usurpei tua estesia
Esbulhei tuas pétalas
Ficaste em carne viva
Não ousaste mais cantar.
Esqueci de ti, poesia
Já vestiste o umbral?
Prepara-te para a noite
A noite mais longa da tua
Delicada existência.
O tempo foi crucial
A um impertinente normando
Deixa a voz, blackbird!
Não abandona o escriba assim,
Impunemente...!
E.W.R.
Perdi-te em vida, poesia
O tempo foi atroz
O tempo ceifou o texto
A varanda e o varal.
Aonde foste, blackbird?
Pousar amores contingentes?
Beijar a estética da sombra?
Perdi-te não faz muito
Precoce e amiúde
Na retórica bacana
Triste do fraque puído.
Usurpei tua estesia
Esbulhei tuas pétalas
Ficaste em carne viva
Não ousaste mais cantar.
Esqueci de ti, poesia
Já vestiste o umbral?
Prepara-te para a noite
A noite mais longa da tua
Delicada existência.
O tempo foi crucial
A um impertinente normando
Deixa a voz, blackbird!
Não abandona o escriba assim,
Impunemente...!
E.W.R.
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