OI
Para você,
que não fotografa
o rosto,
por timidez ou pejo.
Para você,
misteriosamente
véu, glamour, espanto.
Para você,
minha amiga distante,
querida internauta,
eu fiz este singelo poema,
só para te dar um "oi".
E.W.R.
Bem, através deste poema eu pensei em agradecer às pessoas que acompanham o meu trabalho poético há anos, nas redes sociais. E acho muito bonito saber que outras pessoas tomam conhecimento do meu trabalho, recentemente, e acreditam no pouco que sei verbalizar, dentro deste homem calado que sempre fui. Gracias!
Elmo Wyse Rodrigues: poeta e escritor. Nos anos 1970, enquanto jovem, teve duas crônicas suas publicadas na antiga revista Geração Pop. Autor do livro FUGA Nº3. Foi homenageado pela "Confraria Barão D'Itararé" - entidade poética de Rio Grande. Eterno aluno da Contracultura e do Existencialismo. O novo livro de poesias e prosas poéticas, NOTURNO VERBAL, já foi lançado. É integrante da banda “Corsários do Parque”. Maiores informações a respeito dos seus livros: assessorianoturnoverbal@gmail.com.
terça-feira, 18 de abril de 2017
quinta-feira, 6 de abril de 2017
CARRANCAS
Agora improvável abraçar. A carranca me aguarda. Hoje não vou temer. É tudo duplo e jogo, noves fora desdém. Dois extremos na roda. Prometo reinventar a ciranda. De pipoca e carteirinha. Esmagado entre quatro paredes, quisera ser livre. Encurralado entre a plateia e a escada, quisera ser vivo. Imagina. Andei trocando alguns papéis no mercado. Em troca da sobrevivência. Prestações do meu coração. Na forma e na forca. Servido em fatias, aluguei mais um sonho. Na carcaça do texto não tenho alívio. Almanaque batido e fútil. Nem sei o que ao longe dizem ser uma constelação; sei de mim, de ti e das próximas pessoas no cerco. Um risco no céu. Deixa-me calado na sombra da urbe. O que resta é um cão forjado no ringue. Mais um braço estendido no circo de marionetes. Desconheço a cara. Desconheço a cara que nunca foi minha.
E.W.R.
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