terça-feira, 5 de maio de 2015

ESCREVER E FALAR

Olha, tenho comigo que essa coisa de escrever pode ser bem parecida com o ato de falar. Eu, quando tive acesso à Gramática,
mergulhei. Talvez até porque  o meu pai fosse um grande matemático.
Lia muito a escrita semântica, sintetizada por grandes professores. A ponto de decorar tudo que dizia respeito às normas do Português. Mas hoje com essa reforma, que os próprios portugueses são reticentes, misturei tudo. Eu, um revisor amador e modesto. Mas devo dizer: escrevo não obstante a forma; escrevo porque sinto, porque sou sujeito antes de ser objeto. Atrevo-me a perguntar: alguém terá coragem de reformar o que Machado de Assis, um autodidata, escreveu na sua preciosa visão?
Escrevo como você descreve. Mais importante é a riqueza do cotidiano que abarca os sentimentos de quem sabe a grandeza
de estar vivo e nunca a sós. Não sou professor de estética. Jamais vou sonegar o pouco que aprendi. Jamais vou inibir quem nos textos quer ser pessoa e essência. Ao contrário, uma palavra  ou um verso podem falar bem mais que um poema aparentemente completo. Claro que por ideal e vocação ao me lançar no planeta das Letras, mesmo sendo outra a minha formação, sei dos riscos e da maledicência ( pouca, aliás). Sei bem me proteger. Para publicar
algumas anotações, basta uma certa ousadia e sempre acreditar: tudo aquilo que manifestamos é o melhor que estamos vivenciando, ainda que na hipótese e no desejo plural.

E.W.R.

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