quinta-feira, 5 de junho de 2014

TRANSGREDIR



Não fosse
essa dor inexplicável
que transborda o peito,
o que seria do poeta?

Não fosse
essa melancolia
acometendo o coração;
a insatisfação por esse
script premeditado,
o que seria do cantor?

Não fosse
o inconformismo
rasgando as veias;
a angústia desse cotidiano
pasteurizado,
o que seria do filósofo?

Não fosse
essa jornada pária
que dá um sinal de alerta
todo dia, toda rua,
o que seria de nós?

E.W.R

Mais uma do livro FUGA Nº3  (com o acréscimo da última estrofe).

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