TRANSGREDIR
Não fosse
essa dor inexplicável
que transborda o peito,
o que seria do poeta?
Não fosse
essa melancolia
acometendo o coração;
a insatisfação por esse
script premeditado,
o que seria do cantor?
Não fosse
o inconformismo
rasgando as veias;
a angústia desse cotidiano
pasteurizado,
o que seria do filósofo?
Não fosse
essa jornada pária
que dá um sinal de alerta
todo dia, toda rua,
o que seria de nós?
E.W.R
Mais uma do livro FUGA Nº3 (com o acréscimo da última estrofe).
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