QUARTO ANDAR
Nem centro nem ego
Epicentro seja defesa
É precisa e decide
Vaidade não soma
Autoestima constrói
Sobe degraus
É quarto o andar
Tempo presente futuro
Clareia e areja
A cinza abertura
Cai massivo o tijolo
A regência verbal
Avisa a hora
Um hóspede chegou
O arco era frio
A harmonia da chuva
Só recua na calha
Sobe a escada
É quarto o andar
A vida é incerta
Por isso é tudo
Meditar é mudar
Virar a esquina
Louca ousadia
Antes da roupa
Passar o passado
Abrir a cortina
Quando vem a mudança
Vem inteira e nova
Abrir a janela
Atrás o biombo
Do que sobrou da rotina
Adiante a vitrine
Terracota por dentro
Um jardim afora
Um jardim afora
No terraço um pêssego
A moça comeu
E.W.R.
Nenhum comentário:
Postar um comentário