sexta-feira, 23 de maio de 2014

DE UM TRAMPOLIM



As migalhas não quero.
Um porto desperto
Quando invadem as águas
E a maresia.
Não brotam janelas
Quando o pouco me resta.
A fresta, resíduo, enfim.
E o louco que canta
À beira da noite
Vigia a lua, é um querubim.
É mister a vigília:
O equilíbrio é a queda
De um trampolim.
Muito obrigado, amigo:
Não visto mortalhas, só força motriz.
O meu desatino
É buscar ser feliz.

Elmo Wyse Rodrigues

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