DE VELAS, LÍRIOS & LINHAS
No desenho do rio
Bafeja meu sentimento
O dialeto da brisa.
Vejo linhas e rostos.
O mergulho das árvores
Águas devolvem em musgos
Conto gravetos nas mãos
Na areia rabisco um desejo.
Ainda existem lírios neste país?
Costuro-me em redes
Lanço-me procura
Versejo toscos pedaços,
Soltos ou não?
Explica-te, estesia...
Volto pegadas de quarteirão
Penso uma analogia
Onde eu possa proteger
O poema disperso,
Que não fuja de mim.
Mas como nativo já foi
Sibila nas velas o vento
Um abraço intangível
Não pode ser feito de algodão.
E.W.R.
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