quinta-feira, 12 de outubro de 2017

                      REGRA DE DOIS

ALGUMAS vezes entrei em conflito, desacerto com a vida dual. A mesma que discorre no papel seria igual a que decorre de passos e atos? A diferença pode estar em nuances. Uma coisa registro. Pessoa explícita. Dramas eu ponho antes dos fatos. Sincero e oposto. Passageiro de mim, procuro eviterno. Baixo a cabeça, beato dos versos. Conjugo a forma, ao ouvir o prenome. Ensaio uma voz dentro da armadura. Prosaica distância. Avesso a enigmas,  apareço por perto. Quem vai propor?Havendo perguntas. Nem esfinge, nem oráculo das circunstâncias. Sou o mesmo partido em dois. Indescritível a semelhança. Fui e serei porta-voz da inexistência. Mas existo, e como!, do que não tem explicação. Tenho o olhar esbugalhado. Contagem da era. Tenho o olhar tolerante. De frente pra chuva. Quisera paciente uma roda. Sugerir no diálogo. Cidadão e poeta. Qual dos dois seria sujeito: o cidadão construindo poética, ou o vate atuando na frieza do cotidiano? A contiguidade do vento bate na única porta. Desde quando virei embrulho. Quem escreve  também existe. O homem ao meio igualmente reage. E principia na poesia. Não tem como ser um triste.  

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