quinta-feira, 3 de setembro de 2015

                                        " Tudo pode ser tirado de uma pessoa, exceto uma coisa: a liberdade                                                 de  escolher sua atitude em qualquer circunstância da vida."

                                                                Victor Frankl

                  

Tanto Nietzsche como Freud, Heidegger ou Sartre trataram exclusivamente da existência. No entanto,  me volto ao existencialismo - Kierkegaard, Heidegger, Viktor Frankl, Sartre -  por acreditar que nós próprios nos escolhemos. O Para-si ( Dasein) se faz, no meu entendimento, a partir de um fundamento hedonista. Para a compreensão da liberdade do Para-si é essencial o entendimento da facticidade. A facticidade é o coeficiente de adversidade intrínseco a cada escolha, a cada projeto. O Para-si é livre para escolher, mas cada escolha apresenta um específico grau de resistência da realidade. Podemos ter diferentes interpretações e posturas diante de um mesmo fato. Não somos fixos, determinados. Temos que nos reinventar a cada dia. Isso é um otimismo. Um mesmo fato que no passado nos abateu pode ser, caso ocorra novamente, reinterpretado, para termos a oportunidade de  vivenciar uma conduta diferente. Autenticidade, em Sartre, é escolher-se do modo que se quer ser, é não "ser o que se é", o que significaria um determinismo. Se o Para-si é liberdade - essa liberdade é de fundamento ontológico. 

                                      M.R.

 

O autor deste texto é colaborador do blog Olhar Poético.

                                        

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