sexta-feira, 7 de agosto de 2015




O MESMO CORAÇÃO


Vem,
sobretudo serena.
Vem pros meus braços
como se fôssemos
a única vez.

Como não ficar assim,
por algo que não domino;
nem sei onde termina,
quem principia.

Bela e dona de ti
sutilmente vigias,
entre o sim e o não.

Não sou de amar
ou ser amado
de qualquer maneira.

Estou te atravessando
com o que falo,
porque bem no meio
fulminas pelo teu coração,
me despedaças.
Depois, juntas os cacos
e as ternas mãos...

Vem,
permanente,
na forma de uma canção.
Beija-me eterna, 
sorvendo os nossos
sentidos.

Estás aberta
para a temporada
pessoal da paixão?

Meu amor,
ainda é nosso o tempo,
posso até sair...
mas me devolve
o  coração?

E.W.R.

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